Amor de Perdição e Amor de Salvação: as
mulheres na obra de Camilo Castelo Branco
O
escritor português Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco (1825-1890) foi um
homem à frente do seu tempo, capaz de bem compreender os valores e tradições
que dominavam na sociedade portuguesa do século XIX. Destaca-se entre os
grandes homens da Literatura Portuguesa pela capacidade de escrever um mundo
que, ao mesmo tempo em que desvela a sociedade na qual está inserido, vislumbra
o futuro. É assim que Camilo escreve o amor e as mulheres. O escritor percebe o
amor como um sentimento que provoca reviravolta e libertação na vida daqueles
que tiveram a experiência de apaixonar-se por alguém. Ao mesmo tempo em que
descreve uma sociedade portuguesa ainda muito patriarcal, a obra do referido
escritor traz à luz o papel de submissão ocupado pela mulher na sociedade, e
propõe uma ruptura com a tradição ao criar personagens mulheres de alma livre,
independentes e dispostas a enfrentar tudo e todos, porque libertas pelo amor. Um
exemplo dessas mulheres que quebram paradigmas é a personagem Teresa, submissa
por lei à vontade do pai, na obra “Amor de perdição” (1862), mas prefere ser internada
em um convento a casar-se com um homem que não ama, de modo que após ser
recolhida à clausura, atrás das grades, ela fala com regozijo e surpreende a
todos: “Estou mais livre que nunca. A liberdade do coração
é tudo”.
A
presença feminina é marcante na obra de Camilo, o qual consegue reproduzir em
suas personagens mulheres cujos perfis tinham plena aprovação da sociedade
portuguesa, ao mesmo tempo em que havia também mulheres que saíam do padrão
esperado pela sociedade, destemidas, independentes, traiçoeiras, batalhadoras e
dispostas a morrer ou a abdicar da ética, da família ou da tradição, resignadas
por um objetivo particular, às vezes incompreensível, como Teodora, em “Amor de
Salvação”, ou que resolvem sacrificar-se em nome de um amor sem esperanças,
como Mafalda, na mesma obra. Deste modo, a obra de Castelo é rica da presença
de mulheres, entre elas Maria Moisés, a filha do arcebispo, a neta do
arcebispo, Carlota Ângela, a sereia, a enjeitada, a bruxa do Monte Córdova, a
doida do Candal, entre outras. A presente análise dirige-se às obras Amor de
Perdição e Amor de Salvação.
Em
Amor de Perdição, Camilo conta a história deum triângulo amoroso que tem em um
de seus vértices a presença de Simão Botelho e as duas mulheres que de alguma
forma tocam seu coração, Teresa e Mariana. Teresa é o objeto de amor de Simão,
sua dama angelicata, a filha de um vizinho que vive uma relação de ódio com o
pai de Simão. Dessa forma, pelo lado de Teodora, cujo pai tinha uma mágoa por
sentir-se prejudicado por uma decisão judicial do pai de Simão. Por outro lado,
o pai de Simão também não aprova a relação amorosa do filho, considerando que
Teresa não estaria no nível social de Simão. Assim, desenha-se o amor
impossível entre Simão e Teresa. Apesar da proibição das famílias, o casal não
mede sacrifícios e se entrega de corpo e alma ao amor irrealizável. Teresa
nega-se a casa com o primo Baltasar conforme proposto pelo pai e prefere a
clausura ao matrimônio. Do mesmo modo, em razão inclusive de suas tentativas de
concretizar o amor com Teresa, Simão termina por matar Baltasar, atitude que
distancia ainda mais sua aproximação de Teresa. Simão é condenado à morte
enquanto Teresa começa a namorar a morte como única opção depois que tem negado
seu amor com Simão. As atitudes de decisões de Teresa e Simão indicam as
típicas personagens românticas que pouco ou nenhum uso fazem da razão e agem
sempre em função do sentimento, muitas vezes com atitudes que prejudicam ainda
mais a realização deste amor. Presente na obra ainda a figura da mulher pura,
casta que vê em um único homem a realização do seu amor, da mesma forma que
Simão, embora de início tenha atitudes que levam seus parentes a tomarem-no
como um arruaceiro, no amor de Teresa, Simão muda totalmente de comportamento e
torna-se outra pessoa, conforme constatado pela mãe dele. Transformado pelo
amor de Teresa, talvez essa seja a melhor explicação. Um aspecto inerente à
obra Amor de Perdição é a presença de uma segunda mulher, que completa o
triângulo amoroso, Mariana. Nas tramas de amor, é comum a presença de uma
segunda mulher concorrendo pela atenção do coração do herói. Mariana ama Simão
desde a primeira vez que o viu e dedica-se a cuidar de Simão e dar-lhe seu
casto amor sem pedir nada em troca. Ela é filha de um ferreiro que, por
fidelidade ao pai de Simão, decide proteger e apoiar o jovem em seus planos.
Mariana, ao invés de agir para conseguir o amor de Simão para si, prova seu
amor ao elaborar e realizar planos para manter a comunicação entre Simão e
Teresa. As três personagens seguem o rumo do romance e encaram a morte como a
única saída para talvez um dia se encontrarem novamente, desta vez na
eternidade.
Outros
aspectos de “Amor de perdição”:
-
Adaptação e edição para os meios audiovisuais:
O
filme “Amor de perdição”, produção de 1943, de Antônio Lopes Ribeiro, é um
longa com duração de mais de duas horas, película em preto e branco. No filme,
as falas das personagens são fiéis ao texto escrito, de modo que a leitura
anterior à análise do filme facilita a compreensão para quem não tem maior
facilidade em compreender plenamente as pronúncias do português europeu. Além
das falas, a atuação do elenco parece apropriada e ser para complementar a
compreensão e análise do contexto do livro.
O
filme “Amor de perdição”, versão de Manoel de Oliveira, de 1978, é uma produção
longa, com mais de quatros horas de duração, que é praticamente uma leitura
oral da obra original, na qual Manoel não suprime nem a introdução da obra.
Apesar da fidelidade ao texto original, algumas cenas parecem trazer um pouco
da visão de Manoel de Oliveira, com um tom de ironia que, de alguma forma,
entra em sintonia com o pensamento de Camilo Castelo Branco. Na produção, as
personagens têm performance teatral, com o recurso da música para dar maior
gravidade, como no trecho em que trata da fase em que Simão se aproxima da
inspiração de revolucionários, que o filme põe ao fundo o a Marselhesa. No
enredo, a produção chega a coincidir a voz do narrado com a voz da personagem
(42’40’’) como ocorre quando o pai de Teresa a chama para dizer que ela irá
casar com Baltazar e ela se nega. O filme é estruturado em episódios, de modo
que o segundo episódio é iniciado com a narração feita por Ritinha, irmã de
Simão, a qual se apresenta e assume a função de narradora da história por
alguns minutos, retomando cenas do episódio anterior (48’47’’). O segundo
episódio é marcado pela chegada de Teresa ao convento. Entra em destaque a
ironia do autor presente na hipocrisia das freiras. O episódio seguinte é
iniciado novamente com a narração de Ritinha (1h36’53’’)
A
produção de livre inspiração “Um amor de perdição”, produzido por Mário Barroso
em 2008, mantém os nomes e as principais personagens da obra original. O
aspecto mais relevante talvez seja a mudança de contexto, que sai do início do
século XIX para o século XX, buscando manter o caráter e a personalidade das
personagens principais próximo da criação de Camilo Castelo Branco. Talvez a
maior diferença esteja na personalidade de Mariana, que ao invés de manter uma
atitude reservada e pudica, a personagem tem alguns arroubos de sensualidade na
intenção de seduzir Simão, mas nada que saia dos limites possíveis para uma
personagem que tem um sentimento de amor verdadeiro a ponto de respeitar o fato
de que seu objeto de amor nutre afeto por outra pessoa. Como muda o contexto,
mudam as profissões, que se mantém similares ao status social ocupado pelas
personagens. Deste modo, Mariana deixa de encarnar a criada filha de um
ferreiro para assumir a profissão de mecânica na oficina do pai. Apesar das
supressões de muitos episódios descabidos ao contexto da cidade grande, o
desfecho da história segue o roteiro original e o filme ajuda como releitura da
obra original adaptada aos dias atuais.
Curtas
disponíveis na rede mundial de computadores:
-
Outras mulheres de amor de perdição, que podem ser foco de estudo: além de
Teresa e Mariana, temos as seguintes personagens femininas: Dona Rita, mãe de
Simão: (demonstra rancor em relação a Simão, mas no percurso da história o
sentimento materno a leva a algumas atitudes em favor do filho, inclusive
interceder a um amigo do passado para mudar o destino do filho); Ritinha, a
irmã de Simão (age como um tipo de cupido entre Simão e Teresa na fase inicial
do romance; mantém uma afinidade e forte sentimento fraternal pelo irmão
Simão); a mendiga que entrega as cartas (não tem nome definido na história, mas
tem papel essencial na manutenção da comunicação entre Simão e Teresa, por meio
da cartas; chega a demonstrar certo destemor na sua função, pois mesmo chegando
a ser espancada, mantém-se firme e não desiste de levar as cartas ao destino);
as freiras e criada (mesmo com a presença do tom irônico do autor com a hipocrisia
presente no convento; a prioresa termina por demonstrar empatia pela atitude de
Teresa e chega a entrar em atrito com o primo Tadeu, em defesa da jovem
fragilizada nos seus últimos dias de vida).
Em
Amor de Salvação (1864), obra terminada dois anos após Amor de Perdição (1862),
Camilo lança uma proposta diferente do romance anterior, especialmente em uma das
personagens femininas. É assim que ele conta a história de um outro triângulo
amoroso, que envolve Afonso, Teodora e Mafalda. A história envolve cenários que
lembram Amor de Perdição, localizada no tempo meio século após o amor de Simão,
Teresa e Mariana se tornarem eternos. Assim, Teodora aparece com uma imagem que
lembra a de Teresa, especialmente pela beleza, sua condição social, clausura no
convento, mas talvez as semelhanças fiquem por aí, embora Afonso, seu prometido
não o saiba. Mafalda parece reencarnar a personagem Mariana no corpo e na alma.
Sua atitude de casta entrega incondicional ao primo impressiona o leitor. Da
mesma forma que Mariana, Mafalda é a representação dos valores e virtudes da
dama angelicata do amor cortês, embora ela não seja o objeto da paixão de
Afonso. Em Mafalda, Camilo mantém viva a noção da mulher pura, casta, que ama,
mas que é incapaz de ferir ou fazer algum mal para alcançar esse amor. Lembra
um pouco o amor bíblico que define que o amor tudo suporta, pois é assim que
ela se porta, sem nada esperar. Afonso é uma personagem de certa forma
diferente do herói romântico, especialmente no início da história. Sua submissão
à mãe impressiona e impacienta o leitor e sua prometida Teodora. Afonso age
como um homem fraco, que age pouco e tem atitudes que não inspiração a crença
no seu amor e de certa forma provocam as escolhas equivocadas de Teodora. Ele
chega a parecer a antecipação do homem moderno e sua depressão. Chora em
demasia, tem crise depressiva, passa meses entregues ao próprio sofrimento,
incapaz de tomar atitudes decisivas e, em razão disso, termina por perder
Teresa para Eleutério, um homem ainda mais fraco. Teodora merece um capítulo à
parte nessa análise, não porque seja uma mulher mais virtuosa e pura que
Teresa, Mariana ou Mafalda, pelo contrário. Teodora é a pura realização da
ironia na obra de Castelo Branco, quebrando o paradigma da mulher perfeita,
pura e casta. A ironia começa pela etimologia do nome, pois Teodora tem origem
grega e significa dádiva divina. Através dela, Camilo desenha um diferente
perfil de mulher, talvez não pregando que a mulher pode ser o é má, até porque
ela sempre pode sê-lo. A presença da mulher demônio, aquela que tudo faz para
roubar o amor do herói, já existia em outras abras anteriores a Teodora. O
diferencial de Teodora é que ela é a personagem central, é a mulher prometida,
criada na religião para um único homem, e que sai do perfil de mulher submissa
à eterna espera da atitude do seu amado. É assim que ao descobrir que precisa
esperar por Afonso durante mais dois anos no convento, Teodora aceita a corte e
casa com Eleutério, um homem pelo qual ela não sentia nem amor, nem admiração,
nem respeito. Teodora rompe com o paradigma da mulher prometida para um único
homem, ou da mulher que é entregue pela mão ao homem prometido. Ela rompe com a
tradição de passividade e submissão feminina e escolhe, dando-se ao direito de
fazer escolhas equivocadas. Ao longo da história, o leitor descobre que Teresa
não é a mulher anjo e é ela quem encarna o perigo, o mistério e a realização do
mal na história. Afonso é apático demais para descobrir essa verdade. Os anos
se passam e Teodora volta à vida de Afonso, o qual desta vez se entrega de
corpo e alma a uma vida conjugal ilícita com Teresa, agora uma mulher casada
que abandona o marido para viver com Afonso. Este enfim toma uma atitude
atendendo ao desejo do coração e abdica dos valores ainda importantes na
sociedade do final do século XIX, vai morar com Teodora e não faz ideia que
agora é que os seus problemas estão começando e não é em razão dos valores
abandonados. Amor de Salvação tece uma trama que em Teodora abandona o padrão
do amor romântico, adotando uma concepção mais moderna da relação conjugal e do
espaço e direitos da mulher como ser humano, portanto com direito a fazer
escolhas corretas ou equivocadas, de ser alguém do bem, ou do mal, se assim
escolher. Ao mesmo tempo, em Mafalda, Camilo resgata o amor puro e casto, mesmo
que ele não seja o primeiro amor ou o amor à primeira vista. Afonso conhece
Mafalda e chega a rejeitá-la como esposa, mas ao longo da trama e das tantas
escolhas equivocadas ele chega a sentir-se indigno do amor dela. O resgate do
amor romântico parece se dar em Mafalda, que se revela na trama como a
verdadeira heroína da história, sempre presente e submetendo-se e servindo a
todos, com pureza de alma e sem expectativas, mantendo guardado um eterno amor
por Afonso, o qual só chega a se realizar depois de muitos anos, quando ela
menos esperava.
Por
fim, cabe registrar um aspecto ainda em fase de pesquisa, que é um possível
diálogo, ou mera coincidência, entre parte da trama e algumas personagens de
Amor de Salvação e a novela brasileira Vale Tudo, do autor Gilberto Braga
(1988). A novela brasileira teve como centro o triângulo amoroso Afonso, Maria
de Fátima e Raquel. Afonso é um jovem fraco dominado pela mãe, Odete Roitman,
uma personagem inesquecível entre os brasileiros, dada a força, inteligência,
frases de efeito e sua dominação sobre os filhos na trama nacional. O aspecto
em comum entre a novela de Braga e o livro de Castelo, no tocante à mãe e ao
filho limita-se à dominação da mãe e a fraqueza do filho, batizado com o mesmo
nome nas duas obras. Outro fator é que o Afonso da novela se apaixona por Maria
de Fátima e é fortemente enredado fortemente ao cair na armadilha amorosa
montada pela própria Maria de Fátima. Embora diferentes nos nomes, Maria de
Fátima e Teodora têm muito em comum, inclusive a frieza e a capacidade de trair
o marido sem nenhum tipo de culpa. As demais mulheres, que completam o
triângulo amoroso, Raquel e Mafalda, em Vale Tudo e em Amor de salvação,
respectivamente, também não são muito diferentes. Por fim, ao menos parte do
romance de Castelo Branco aborda a questão das máscaras por meio da construção
da personagem Teodora, cuja máscara é totalmente arrancada ao final da trama. Ao
que parece, o tema da novela trata diretamente da mesma temática da máscara, trazendo
à tona uma realidade mais ampla a ser desmascarada, que seria a sociedade
brasileira. Em “Amor de Salvação”, Mafalda é o símbolo da salvação de Afonso.
No entanto, o autor optou por abdicar do padrão literário romântico que
irremediavelmente condenaria à morte a anti-heroína Teodora e a deixou seguir
sua vida, inclusive com indicação de que a personagem continuou a enredar novas
vítimas na sociedade, tornando-se um tipo de mito da mulher fatal. Seria essa
atitude do escritor exatamente a sinalização de que uma nova sociedade estava
em construção, na qual a força, o espaço e os direitos da mulher começavam a
ser colocados em evidência? Se fosse, seria essa a melhor opção? Ou será que o
final da trama de Castelo é a mesma do final de Vale tudo, na qual Maria de
Fátima simplesmente se aceita como indivíduo e assume seu lado mulher-hidra ao
conseguir um novo casamento por interesse com um príncipe rico. Por
coincidência, uma das últimas informações sobre Teodora ao final de Amor de
Salvação é que ela foi vista com uma nova vítima em um camarote de algum teatro
pelo mundo afora.
Outras
mulheres de “Amor de salvação”, que podem servir de mote para estudo: além de
Teodora e Mafalda, as seguintes mulheres têm algum tipo de representação na
trama: Eulália, a mãe
de Afonso, fidalga de Ruivães, santa senhora; a mãe de Teodora, amiga de
Eulália, com a qual selou o futuro matrimonial da filha; a
mendiga?; Elvira e Benedita; Libana; e as primas de Afonso.
Concluindo...
Uma leitura inicial pode
dar a impressão de que talvez dois livros com menos de cem páginas cada um não
tenham muito espaço para reflexão. No entanto, o processo de comparação entre
as duas obras dá origem a um processo no qual as características de algumas
personagens, os aspectos em comum e as diferenças dão origem a questionamentos,
curiosidades e dúvidas que levam o pesquisador ao aprofundamento na vida dos
integrantes da trama. Assim, podemos perceber a importância da presença da
mulher nas duas obras e dos diversos perfis de caráter e personalidade em cada
história lida. Assim, encontramos personagens tipicamente românticas, como a
dama angelicata, típica do amor cortês, e também da mulher-demônio, além dos
primeiros sinais de personagens que trazem traços menos românticos e mais modernistas,
movimento literário que se tornaria mais forte na virada do século XIX para o
XX.
REFERÊNCIAS
BRAGA, Gilberto; SILVA, Aguinaldo; e BASSÈRES, Leonor. Vale Tudo. Novela
da rede Globo de Televisão, 1988.
BRANCO, Camilo Castelo. Amor de perdição. Leya, 2015.
___________________. Amor de salvação. No. 1. Casa da Viuva
More-Editora, 1864.
RIBEIRO, Antônio Lopes. Amor de
perdição. Filme de 1943, baseado no romance do escritor português Camilo
Castelo Branco. Acesso em 10 set 2017. <https://www.youtube.com/watch?v=dxDxCOxhSGw>.
OLIVEIRA, Manoel de. Amor de
Perdição. Filme de 1979, baseado no romance do escritor português Camilo
Castelo Branco. Acesso em 10 set 2017. <https://www.youtube.com/watch?v=u2IOqt2WVV8>.
BARROSO, Mário. Um amor de perdição.
Filme de 2008, livremente inspirado no romance do escritor português Camilo
Castelo Branco. Acesso em 10 set 2017. <https://www.youtube.com/watch?v=-NowGnJGbjY>.
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